top of page

Para pensar a sustentabilidade na moda, um dos seguimentos que mais poluem o meio ambiente

  • Foto do escritor: Arthur Almeida
    Arthur Almeida
  • 21 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Só no Brasil, a estimativa é de que cerca de 175 mil toneladas de resíduos têxteis (ligados diretamente ao consumo de moda) são descartadas por ano, dos quais apenas 20% são reutilizados ou reciclados. Dados como esse apontam que consumir moda da mesma maneira, seja no Brasil ou no mundo, é incabível e insustentável para todas as gerações.


Segundo dados da Carta Capital, um dos setores que mais se transformou com a globalização foi o da moda. Os ODS 8 (emprego digno e crescimento econômico) e 15 (vida sobre a terra) são alguns dos que tratam dos temas mais latentes na indústria da moda atualmente. O Brasil é a última cadeia têxtil completa do Ocidente (que faz parte desde o primeiro passo para a plantação da matéria-prima, ao consumo propriamente dito). Temos desde a produção das fibras, como plantação de algodão, até os desfiles de moda, passando por fiações, tecelagens, beneficiadoras, confecções e forte varejo. Somos o 2º maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos e bebidas (juntos), o que implica em resultados positivos na economia e impactos maiores ainda no meio-ambiente, de maneira negativa, claro.

Fonte: getty images
Fonte: getty images

Quando percebemos que a moda tem esse poder sobre o meio ambiente, conseguimos entender a sua força. Essa força pode ser positiva e usada de forma a reduzir impactos e a gerar riquezas. Iniciativas como manutenção e reutilização de roupas antigas (os bazares), compras em brechós e aluguel de roupas são um primeiro passo para repensarmos nosso modo de consumo e o custo real que cada peça possui. Muitas vezes uma blusa comprada por R$20,00 gastou 2.495 litros litros de água (se levarmos em conta o conceito de água invisível) e é usada apenas uma vez antes de ser descartada, o que contribui diretamente no desequilíbrio da sustentabilidade no seguimento.


A moda sustentável, também conhecida como eco fashion, tem ganhado visibilidade e adeptos com os anis e baseia-se em processos não prejudiciais ao ecossistema.



Este conceito se aplica a toda a cadeia de produção de um produto, desde a extração da matéria prima até a distribuição e compra. Grandes nomes da indústria carregam consigo esse ''rótulo'' de sustentabilidade e eco-Friendly, como são os casos da grife britânica Stella McCartney e da brasileiríssima Osklen. Além do processo de produção, vale-se pensar na abdicação do couro na animal nas peças, uso de tecidos renováveis e materiais recicláveis.

Stella McCartney para o inverno 2020

É importante que, como cidadão e consumidor, a gente se questione sempre quais são as histórias por traz de cada peça que a gente compra.'' Explica Fernanda Simão, diretora executiva do Instituto Fashion Revolution.


Além de se pensar em utilizar mais vezes as peças, vale analisar a mão de obra utilizada pelas marcas que se compra e, se for o caso, qual o serviço terceirizado. O caso das lojas de departamento (Renner, Riachuelo, Zara e etc), já se tornou inúmeras vezes alvo de críticas por utilizarem do trabalho análogo ao escravo em suas produções. Para entender melhor e aprofundar o assunto, vale assistir o documentário ''The True Cost'', na Netflix.


Imagem retirada do documentário ''The True Cost''

Já pensou de que forma vai analisar seu guarda-roupas de forma slow e sustentável? São várias as formas de fazer sua parte (por mais pequena que seja). Canudos reutilizáveis na mão, brechós na lista de visita, blusinhas repetidas e boa semana!


Comments


bottom of page